Lei Ordinária nº 1.168, de 01 de dezembro de 2015

Identificação Básica

Norma Jurídica

Lei Ordinária

1168

2015

1 de Dezembro de 2015

Dispõe sobre aprovar o Plano Municipal de Saneamento Básico de Armação dos Búzios, e dá outras providências.

a A
Dispõe sobre aprovar o Plano Municipal de Saneamento Básico de Armação dos Búzios, e dá outras providências.
    O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE ARMAÇÃO DOS BÚZIOS Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:
      TÍTULO I
      Da Política Municipal de Saneamento Básico
        CAPÍTULO I
        Dos Princípios Fundamentais
          Art. 1º. 
          A Política Municipal de Saneamento Básico de Armação dos Búzios, parte do princípio que o Município tem autonomia e competência, respeitadas as competências de União e do Estado, para organizar, regular, controlar e promover a realização dos serviços de saneamento básico de natureza local no âmbito de seu território, respeitadas as condições gerais estabelecidas na legislação federal sobre o assunto.
            Art. 2º. 
            O sistema de gestão municipal do Saneamento Básico será baseado no exercício pleno da titularidade e da competência municipal, na implementação de instâncias e instrumentos de ampla participação social e de controle social sobre a prestação dos serviços em nível local, qualquer que seja a natureza dos prestadores.
              Art. 3º. 
              As instâncias e instrumentos básicos para a Gestão da Política Municipal de Saneamento Básico de Armação dos Búzios, serão constituídas por uma Conferência Municipal de Saneamento Básico, por um Fundo Municipal de Saneamento Básico, pelo Plano Municipal de Saneamento Básico, por uma Agência Reguladora dos Serviços de Saneamento Básico, por um Ente Gestor para Prestação de Serviços Municipais de Saneamento Básico e por um Sistema Municipal de Informações em Saneamento Básico.
                Art. 4º. 
                Para os efeitos desta Lei considera-se:
                  I – 
                  Salubridade Ambiental como o estado de qualidade ambiental capaz de prevenir a ocorrência de doenças relacionadas ao meio ambiente e de promover o equilíbrio das condições ambientais e ecológicas que possam proporcionar o bem-estar da população.
                    II – 
                    Saneamento Básico - conjunto de serviços, infraestruturas e instalações operacionais de:
                      a) 
                      abastecimento público de água potável, desde a captação até as ligações prediais e respectivos instrumentos de medição;
                        b) 
                        esgotamento sanitário para coleta, transporte, tratamento e disposição final adequada dos esgotos sanitários, desde as ligações prediais até o seu lançamento final no meio ambiente;
                          c) 
                          limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos para coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final do resíduo doméstico e do originário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas;
                            d) 
                            drenagem e manejo de águas pluviais urbanas para transporte, detenção ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias, tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas áreas urbanas.
                              TÍTULO II
                              Do Plano de Saneamento Ambiental
                                CAPÍTULO I
                                Do Planejamento
                                  Art. 5º. 
                                  Estabelece a Lei Federal nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, em seu Capítulo IV, art. 19, que a prestação de serviços públicos de saneamento básico observará plano, que poderá ser específico para cada serviço, o qual abrangerá no mínimo:
                                    I – 
                                    diagnóstico da situação e de seus impactos nas condições de vida, utilizando sistema de indicadores sanitários, epidemiológicas, ambientais e socioeconômicos e apontando as causas das deficiências detectadas;
                                      II – 
                                      objetivos e metas de curto, médio e longo prazos para a universalização, admitidas soluções graduais e progressivas, observando a compatibilidade com os demais planos setoriais;
                                        III – 
                                        programas, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as metas, de modo compatível com os respectivos planos plurianuais e com outros planos governamentais correlatos, identificando possíveis fontes de financiamento;
                                          IV – 
                                          ações para emergências e contingências;
                                            V – 
                                            mecanismos e procedimentos para avaliação sistemática da eficiência e eficácia das ações programadas.
                                              § 1º 
                                              Os planos de saneamento básico serão editados pelos titulares, podendo ser elaborados com base em dados fornecidos pelos prestadores de cada serviço.
                                                § 2º 
                                                A consolidação e compatibilização dos planos específicos de cada serviço serão efetuadas pelos respectivos titulares;
                                                  § 3º 
                                                  Os planos de saneamento básico deverão ser compatíveis com os planos das bacias hidrográficas em que estiverem inseridos.
                                                    § 4º 
                                                    Os planos de saneamento básico serão revistos periodicamente, em prazo não superior a 4 (quatro) anos, anteriormente à elaboração do Plano Plurianual do Município.
                                                      § 5º 
                                                      Será assegurada ampla divulgação das propostas do Plano de Saneamento Básico e dos estudos que as fundamentem, inclusive com a realização de audiências ou consultas públicas.
                                                        § 6º 
                                                        A delegação de serviço de saneamento básico não dispensa o cumprimento pelo prestador do respectivo plano de saneamento básico em vigor à época da delegação.
                                                          § 7º 
                                                          Quando envolverem serviços regionalizados os planos de saneamento básico devem ser editados em conformidade com o estabelecimento no art. 14, da Lei Federal nº 11.1445/2007.
                                                            § 8º 
                                                            Exceto quando regional, o plano de saneamento básico deverá englobar integralmente o território do ente da federação que o elaborou.
                                                              § 9º 
                                                              Incumbe à entidade reguladora e fiscalizadora dos serviços a verificação do cumprimento dos planos de saneamento por parte dos prestadores de serviços, na forma das disposições legais, regulamentares e contratuais.
                                                                CAPÍTULO II
                                                                Do Plano de Saneamento Básico em si
                                                                  Art. 6º. 
                                                                  Fica instituído o Plano Municipal de Saneamento Básico de Armação dos Búzios, Estado do Rio de Janeiro, destinado a articular, integrar e coordenar recursos tecnológicos, humanos, econômicos e financeiros, com vistas ao alcance de níveis crescentes de salubridade ambiental no território municipal.
                                                                    Art. 7º. 
                                                                    O Plano Municipal de Saneamento Básico já elaborado por empresa privada, contratada pelo INEA – Instituto Estadual do Ambiente, contempla um período de 20 (vinte) anos, com revisões mínimas a cada 4 (quatro) anos, apresenta os elementos a seguir especificados:
                                                                      I – 
                                                                      levantamento dos serviços de saneamento básico prestados à população, diagnóstico da situação e apontamento das causas das deficiências detectadas;
                                                                        II – 
                                                                        objetivos e metas a curto, médio e longo prazos para a universalização, mediante soluções graduais e progressivas;
                                                                          III – 
                                                                          programa, projetos e ações necessárias para atingir os objetivos e as metas, de modo compatível com os respectivos planos plurianuais e com outros planos governamentais correlatos, identificando possíveis fontes de financiamento;
                                                                            IV – 
                                                                            ações emergenciais e contingenciais;
                                                                              V – 
                                                                              identificação dos obstáculos de natureza política institucional, legal, econômico-financeira, administrativa, cultural e tecnológica que se interpõem à consecução dos objetivos e metas propostas e os meios para superá-los;
                                                                                Art. 8º. 
                                                                                As revisões, avaliações e atualizações do Plano Municipal de Saneamento Básico terão ampla discussão na Conferência Municipal de Saneamento Básico, sendo assegurada a divulgação dos seus resultados, os quais deverão ser aprovados pelo Conselho Municipal de Saneamento Básico.
                                                                                  Parágrafo único  
                                                                                  A divulgação das propostas do Plano Municipal de Saneamento Básico e dos estudos que as fundamentarem dar-se-á por meio da disponibilização integral de seu conteúdo a todos os interessados, inclusive por meio da rede mundial de computadores-Internet.
                                                                                    Art. 9º. 
                                                                                    Faz parte integrante desta Lei, como anexo, o volume do Plano Municipal de Saneamento Básico do Município de Armação dos Búzios, contendo o Plano de Trabalho, Diagnóstico, Programas, Projetos e Ações; e o Processo Participativo.
                                                                                      Art. 10. 
                                                                                      Esta Lei entra em vigor na data da sua publicação, revogam-se as disposições em contrário.




                                                                                        Armação dos Búzios, 1° de dezembro de 2015.

                                                                                        ANDRÉ GRANADO NOGUEIRA DA GAMA

                                                                                        Prefeito